Sejam eles drones ou automóveis com asas, estão em produção e prontos a transformar os transportes para sempre
Enormes atrasos, cancelamentos aleatórios, bagagem sistematicamente perdida: parece uma piada alguém dizer que estamos a viver hoje a era dourada da aviação. Mas dê uma olhada ao Jetson One. É uma coisinha ligeira e ágil, não maior do que um carro, mas pesando um décimo deste. Onde por norma haveria rodas, há quatro rotores a hélices, como aquelas que se encontram num drone quadcóptero. Na verdade, a máquina de 77.000 libras parece-se bastante com um drone, só que dá para saltarmos lá para dentro e ziguezaguear por aí a uma velocidade que pode chegar aos 96,5km/h e a uma altitude de 457m. Se acha que o preço é um bocadinho vertiginoso, veja o vídeo com um a voar e vai mudar de ideias. A série de 2022 está esgotada, mas a empresa sueca está a receber encomendas para o ano que vem. Finalmente, segundo parece, a era do carro voador está à porta. "Faça do seu jardim ou terraço o seu aeroporto privado", diz o slogan da empresa. "Levante voo e aterre onde quiser."
'2025 será a fase de lançamento desta indústria e, por volta de 2030, ela vai estar em grande aceleração', confidenciou Daniel Wiegand, presidente executivo da fabricante alemã Lilium, à consultora McKinsey no ano passado. "É nessa altura que se vai assistir a um crescimento exponencial." Tão exponencial, na verdade, que a diretora das Operações Aéreas da Joby, Bonny Simi, estima que, "por volta de 2030, a Joby Aviation será a maior companhia de aviação do mundo em número de partidas".
'Esta indústria funciona se nós pouparmos tempo às pessoas", diz Duncan Walker, presidente executivo da Skysports, que trabalha nas infraestruturas de descolagem e aterragem de que os eVTOL vão necessitar. "Os vertiportos [como as plataformas de aterragem são conhecidos] serão o oposto dos aeroportos. Pousa, descola. O tempo de retorno do veículo são 10 minutos. A espera dos passageiros, não mais de 15 minutos."
O Jetson One foi batizado em honra do seriado de anime da TV 'Os Jetsons', lançada na era espacial de 1960, quando tudo parecia possível. Hoje, no entanto, as visões de um futuro com carros voadores têm andado por aí há tanto tempo – desde o Metropolis, de Fritz Lang, até ao Blade Runner: Perigo Iminente, de Ridley Scott – que eles, positivamente, até podem nem parecer nenhuma novidade. Será que desta vez vai ser diferente? Certo, há paralelos com a indústria de automóveis sem condutor, que parecia ser uma coisa segura e atraiu um financiamento descomunal na segunda metade dos anos 2010, apenas para ficar atolada nas reais dificuldades da implementação no terreno. E, tal como as ações de muitas tecnológicas, o valor das empresas eVTOL cotadas em bolsa levaram uma tareia ao longo dos últimos 12 meses.
Walter reconhece que um apoio oficial forte e centralizado a esta tecnologia é o principal pré-requisito para ser líder mundial. A China e a Arábia Saudita – países onde o que os seus líderes dizem, faz – mais facilmente reúnem e pressionam as suas agências e passam por cima das objeções. "A centralização da tomada de decisões é muito útil para a adoção de coisas novas", diz Walker, diplomaticamente. Neste caso, segundo parece, os ditadores poderão ser os impulsionadores do desenvolvimento.
fonte: https://www.cmjornal.pt/tecnologia/detalhe/carros-voadores-estao-bem-mais-proximos-do-que-se-pensa?ref=HP_PrimeirosDestaques
fonte: https://www.must.jornaldenegocios.pt/prazeres/drive/detalhe/carros-voadores-estao-bem-mais-proximos-do-que-se-pensa
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