sexta-feira, 23 de setembro de 2022

"O Inverno está a chegar: o pior desde 1930" avisa economista finlandês (fotos)



“Se a Alemanha sobreviver ao Inverno, a Itália está feita. Vai passar frio”, avisa o economista Tuomas Malinen.


A crise energética nunca foi assunto tão frequente – e tão preocupante – neste século. A guerra na Ucrânia tem multiplicado os bate papos, os debates, os artigos, os estudos.

Ainda sobre as situações dos diversos países na Europa, o economista de uma consultora de macroeconomia, com sede em Helsínquia, avisa: o pior lugar neste momento é a Itália.


E explicou porquê, com a Alemanha incluída na justificação: “Se a Alemanha conseguir encher as suas reservas de gás, responder às necessidades totais da engenharia e cortar o consumo de gás a tal ponto que possa sobreviver ao Inverno, Itália está feita. Os italianos vão passar frio. Ou a Alemanha transfere algum gás para Itália – não sei se será fisicamente possível -, ou será muito complicado. Era o que a Alemanha deveria fazer”.


Tuomas acha que alguns países europeus vão ter problemas de falta de electricidade ou gás, a partir de Dezembro deste ano.


E deixou uma ideia sobre as energias verdes: “A revolução da energia verde é uma mentira. Todos os grupos políticos estão a falhar massivamente, estão a ser improdutivos”.


O economista Tuomas Malinen



Voltando à Alemanha, Tuomas Malinen não compreende porque os alemães não apostam na energia nuclear: “Foi um passo suicida e agora estamos todos a pagar o preço dos erros da Alemanha. Mais uma vez, eu diria. Costumo usar esta expressão: a Alemanha está mais uma vez a conduzir a Europa para o abismo. Por que haveríamos de seguir a Alemanha, pela terceira vez, até à fossa? Eu não compreendo”.


O especialista não defende uma união total nesta fase. Os países que conseguirem atravessar melhor o que vem aí “devem seguir por si mesmos. Devemos deixar que esses países reconstruam a Europa depois de tudo isto passar. Se nos mantivermos juntos, vamos afundar-nos juntos”, avisou.

Vai durar três ou quatro anos

Tuomas Malinen estuda há uma década o crescimento económico e as grandes crises que abalaram as economias do mundo inteiro. E compara o próximo Inverno com a década 1930, o período pós-depressão de 1929.


“É para isso que nos dirigimos. E diria que este cenário pode manter-se por três ou quatro anos. Começará dentro de meses “, alertou, prevendo que o problema será “grave” se houver mobilização militar total por parte da Rússia."


"Mesmo sem mobilização total, vem aí o “choque económico mais severo que a Europa presenciou em muito tempo”. E a inflação pode chegar a 20% durante o Inverno".


“O principal problema é cairmos numa profunda depressão económica. Estou bastante consciente de que estamos a caminho de uma depressão. Já vemos sinais disso”, continuou o economista, que deixou exemplos.


“Há empresas por toda a Europa que estão a começar a fechar ou a reduzir a sua produção para metade. Teremos um choque grave ao nível do consumo, com o aumento dos preços da energia impulsionados pelas taxas de juros que estão a subir, e subirão. Estes impactos vão ser uma onda gigante para os consumidores, vão bater-nos de frente, com muita força “, analisou Tuomas Malinen.


fonte: https://is.gd/Zk7eTi

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