Não é completamente errado falar que os extraterrestres já visitaram a Terra. Se vieram há cerca de 5.500 anos, talvez nem sequer o saibamos…
O famoso astrofísico Carl Sagan considerou a possibilidade de os humanos antigos terem registado visitas de extraterrestres. Um relato da antiga Suméria, da criatura parecida com o peixe Oannes, “merece um estudo mais cuidadoso”, referiu o especialista.
Embora a história seja intrigante, Sagan reconheceu que não há provas concretas de que os extraterrestres tenham alguma vez visitado os antigos sumérios.
A Via Láctea não só é enorme, com também tem planetas habitáveis, que podem ter permitido a outras espécies inteligentes dominar as viagens interestelares à velocidade da luz, e realizar expedições com a duração de séculos.
Se uma espécie extraterrestre inteligente visitasse a Terra de 15 mil em 15 mil anos ou mais, não haveria maneira de saber hoje. Afinal, a escrita mais antiga data apenas de 3.400 a.C. Portanto, se os extraterrestres aterrassem e fizessem algumas paragens rápidas antes disso, não teríamos como saber.
Mas e se os extraterrestres tivessem aterrado na Terra há milhares de anos e a sua visita fosse registada? Como poderia estar descrita? O comunicador científico e astrofísico Carl Sagan especulou sobre esse mesmo assunto com o investigador Iosif Shklovsky no livro “Intelligent Life in the Universe”, de 1966.
Sagan escreveu: “Estas hipóteses são inteiramente razoáveis, e dignas de uma análise cuidadosa, é óbvio que a reconstrução de um contacto com uma civilização extraterrestre está repleta de dificuldades. Um simples relato da aparição de um ser estranho que realiza obras maravilhosas e reside nos céus não é fácil de representar”.
Afinal, os escritos antigos estão cheios de contos fictícios e folclóricos de divindades e do sobrenatural. O que pode separar uma história de um encontro extraterrestre?
Falou Sagan, citado pelo Big Think: “Uma descrição da morfologia de um não-humano inteligente, um relato claro de realidades astronómicas que um povo primitivo não pode adquirir pelos seus próprios esforços, ou uma apresentação transparente do objetivo do contacto aumentaria a credibilidade da lenda”.
Falou o especialista: “Não afirmo que o seguinte é necessariamente um exemplo de contacto extraterrestre, mas é o tipo de lenda que merece um estudo mais cuidadoso “.
Sagan utiliza como exemplo a lenda de Oannes da Suméria, a mais antiga civilização conhecida do sul da Mesopotâmia, que floresceu há cerca de 4500 a 1900 a.C.
Vários escritores antigos falam de uma criatura chamada Oannes, que se elevava de uma parte do Golfo Pérsico que fazia fronteira com a Babilónia, cujo “corpo inteiro era como o de um peixe; tinha debaixo da cabeça de um peixe outra cabeça, e também pés abaixo, semelhantes aos de um homem, subjacentes à cauda do peixe”.
De acordo com a lenda, Oannes concedeu aos primeiros sumérios “uma visão das letras, e das ciências, e de todo o tipo de arte”. Ensinou-lhes a construir casas, a fundar templos, a criar leis, e explicou-lhes os princípios da geometria”.
Outras criaturas à semelhança de Oannes são referenciadas noutros relatos antigos, regressando para ver como estão os sumérios. São chamados Apkallu.
Falou Sagan: “A civilização suméria é descrita pelos próprios descendentes como sendo de origem não-humana. uma sucessão de estranhas criaturas aparece ao longo de várias gerações. O seu único propósito aparente é o de instruir a humanidade. Cada um conhece a missão e as realizações dos seus predecessores”.
Mais uma vez, Sagan reconheceu que falar de extraterrestres na antiga Suméria era apenas mera especulação, sem as provas necessárias para fundamentar uma afirmação tão ousada.
“Uma demonstração convincente do contacto passado com uma civilização extraterrestre será sempre difícil de provar apenas por motivos textuais”, escreveu.
“Mas histórias como a lenda de Oannes, e representações das primeiras civilizações da Terra merecem muito mais estudos críticos do que os que foram realizados até agora, com a possibilidade de contacto directo com uma civilização extraterrestre como uma das muitas interpretações alternativas possíveis”, concluiu Sagan.
fonte: https://is.gd/vhP2wb
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