segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Futuro da Terra: como vai se formar o supercontinente Amásia (fotos)

Especialistas estimam que dentro de 200 a 300 milhões de anos, o Pacífico vai desaparecer, abrindo caminho a que a América e a Ásia se unam e formem um único continente.

Uma investigação liderada por cientistas da Universidade de Curtin, na Austrália, pesquisou com recurso a simulação em computador de que forma se poderá formar um supercontinente no planeta Terra. O estudo, publicado a 28 de setembro na revista National Science Review, mostra que o Pacífico está a encolher alguns centímetros por ano e que, desse modo, estão criadas as condições para que daqui a centenas de milhões de anos América e Ásia se unam em um supercontinente, a Amásia.

Uma outra pesquisa, publicada em 2012 na revista Nature, mostrou que este não será o primeiro supercontinente da Terra, dado que há cerca de 300 milhões de anos a maior parte da superfície do planeta estava agrupada no foi designado por Pangeia, que depois se separou nos seis continentes que conhecemos atualmente.

Uma das diferenças entre o fenómeno que ocorreu há 300 milhões de anos e o que ocorrerá dentro de 200 a 300 milhões de anos é que o hipotético supercontinente Pangeia existia no centro do planeta, enquanto a Amásia se deverá formar em torno do Pólo Norte.




Para chegar a conclusões sobre a formação do novo supercontinente, os cientistas analisaram o magnetismo de rochas antigas de modo a determinar a sua localização no globo ao longo do tempo e analisaram a forma como o material sob a crosta terrestre contribui para mover os continentes que flutuam na sua superfície.

A unificação dos continentes consistirá na migração das regiões do Hemisfério Sul para o Norte, iniciando assim um processo que irá formar novas massas de terra.

A nova investigação estima que o Pacífico se irá retrair, abrindo caminho a que a América se una à Ásia, formando a Amásia. Nesse processo, “A Austrália também terá um papel importante nessa evolução do planeta Terra, primeiro ao colidir com a Ásia e depois ao conectar-se com a América e com o continente asiático, quando o Oceano Pacífico se fechar”, descreve em comunicado o responsável pela investigação, Chuan Huang.




De acordo com o investigador, nos últimos 2 mil milhões de anos, as massas terrestres colidiram para formar um supercontinente a cada 600 milhões de anos, fenómeno que é designado por “ciclo do supercontinente”. “Isso significa que os continentes atuais devem reunir-se novamente dentro de duas centenas de milhões de anos”, explica Chuan Huang.

A tendência para os supercontinentes se formarem mais a Norte é um padrão que se tem observado há milhões de anos, de acordo com análises científicas. “O continente Pangeia formou-se a cerca de 90 graus do supercontinente anterior, Rodínia, e Rodínia a cerca de 90 graus de Nuna, que existiu há cerca de 2 mil milhões de anos”, explica o estudo.

A formação de um supercontinente irá trazer enormes alterações ao planeta Terra. O ecossistema e o meio ambiente sofrerão grandes mudanças. "Espera-se que o nível do mar seja mais baixo e o vasto interior do supercontinente seja muito árido, com temperaturas diárias elevadas", prevê o coautor da investigação, John Curtin.



fonte: https://is.gd/pSUN8p

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