Tonga: Erupção vulcânica de Janeiro libertou 146 milhões de toneladas de vapor de água (fotos e vídeo)

 

NASA avisa que erupção vulcânica subaquática de Tonga libertou vapor de água para a estratosfera suficiente para enfraquecer a camada de ozono.

A erupção vulcânica de Tonga, em Janeiro, explodiu água suficiente para encher mais de 58.000 piscinas de tamanho olímpico - e poderia enfraquecer a camada de ozono.

Os cientistas que examinaram a quantidade de vapor de água ejetada pelo vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha'apai descreveram-na como "sem precedentes".

O vapor se forma quando a água do Pacífico Sul entra em contacto com a lava e é 'sobreaquecida'. 

A erupção criou ondas sonoras ouvidas até ao Alasca a 6.200 milhas de distância, numa explosão sónica que circulou o globo duas vezes. 

Num novo estudo, peritos do Laboratório de Propulsão a Jacto da NASA preveem que o volume de água poderá ser suficiente para afectar temporariamente a temperatura média global.

Também poderia impulsionar temporariamente reacções químicas na atmosfera que agravam o empobrecimento da camada de ozono. 

'Nunca vimos nada parecido", disse o cientista atmosférico Dr. Luis Millán

A estratosfera é a camada da atmosfera entre cerca de 8 e 33 milhas (12 e 53 quilómetros) acima da superfície da Terra.

A água da erupção de 15 de Janeiro equivale a aproximadamente 10 por cento do conteúdo de água já presente na estratosfera.

Em um novo estudo, peritos do Laboratório de Propulsão a Jacto da NASA prevêem que o volume de água expelida durante a erupção pode ser suficiente para afectar a temperatura média global 

Pouco antes do anoitecer, a erupção (canto inferior esquerdo) criou ondas sonoras ouvidas até ao Alasca, a 6.200 milhas de distância, em uma explosão sónica que circulou o globo duas vezes

Hunga Tonga-Hunga Ha'apai, um vulcão subaquático no Pacífico Sul, lançou cinzas e outros detritos até 25 milhas para a atmosfera quando entrou em erupção em Janeiro 

A erupção de Hunga Tonga-Hunga Ha'apai causou muitos efeitos, como ondas atmosféricas, ventos extremos e correntes eléctricas invulgares, que foram sentidos em todo o mundo e no espaço

O Dr. Millán, que gere o instrumento de Pasadena, Califórnia, EUA, disse: 

"Tivemos de inspeccionar cuidadosamente todas as medições na pluma para nos certificarmos de que eram dignas de confiança.

'O MLS foi o único instrumento com cobertura densa o suficiente para capturar a pluma de vapor de água, tal como aconteceu, e o único que não foi afectado pelas cinzas que o vulcão libertou'.

fonte: encurtador.com.br/CFZ27